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The Curious Case of Benjamin Button

The Curious Case of Benjamin Button

meteorologia: chuva pela manhã (atrapalhou minha corrida)
pecado da gula: batatas sautées
teor alcoolico: 2 stella artois
audio: metallica
video: Sarah Connor Chronicles



The curious case of Benjamin Button
, direção David Fincher
Inspirado em conto homônimo de Scott Fitzgerald, o filme conta a estória de um homem que nasce com a aparência de um idoso de 80 e poucos anos e cujo corpo vai rejuvenescendo à medida que o tempo passa. Diferente do conto, no filme, ele amadurece com o passar dos anos ao invés de regredir até a mentalidade de um bebê.
Poderia ser a trajetória de vida de qualquer um, não fosse essa particularidade. E é isso que o filme é, a estória de um cidadão comum, seus amores, suas perdas, suas alegrias. E foi justamente isso que me fez compará-lo, antes do vigésimo minuto de projeção, a Forrest Gump.
E as semelhanças apenas vão se acumulando à medida que a película avança. Os dois personagens são pessoas incomuns, Gump com seu raciocínio limítrofe, Button com sua estranha condição médica. Ambos foram criados por mães de personalidade forte, ambos tem dificuldade para andar na infância, ambos resvalam em acontecimentos históricos, ambos vão para a guerra, ambos se encantam por barcos, ambos se apaixonam por mulheres independentes. E, ambos os personagens são “rasos”, mas Gump tem a seu favor sua dificuldade mental, que talvez justificasse a falta de profundidade nos pensamentos. Tamanha similaridade talvez se deva ao fato de que o roteirista seja o mesmo, Eric Roth.
Não digo que o filme não seja bom, tem seus méritos, técnicos principalmente. Mas, comparativamente a Forrest Gump, na minha opinião, perde longe. Este último tem a seu favor a ótima trilha sonora, os “inserts” históricos hilários na grande parte das vezes, os personagens secundários interpretados por ótimos atores (Sally Field, Gary Sinise, Mykelti Williamson).
Sou fã de David Fincher (Seven e Fight Club são obras-primas) e veio daí o interesse em assistir o filme. Mas creio que seu approach cerebral não casou muito bem com a temática da estória.
Apesar de tudo, são duas horas e meia de projeção que se passam sem cansaço nem impaciência. Mas acho que não gastaria meu tempo assistindo novamente.

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